A Libertadores tinha criado uma série de traumas na história do Corinthians. O time já tinha sido eliminado duas vezes pelo rival Palmeiras, sofrido ameaças de protesto da torcida em campo e perdido na primeira fase para o então desconhecido Tolima, por exemplo. Mas todo esse trauma foi enterrado com uma campanha incrível, em que adversários como Vasco, Santos e Boca foram superados, o que só valorizou ainda mais a conquista alvinegra.
O Boca até repetiu no começo do primeiro tempo o que o Corinthians fez na Bombonera: fora de casa, mostrou tranquilidade para segurar o ânimo dos adversários nos primeiros minutos. A frieza argentina contaminou os corintianos, que até evoluíram na partida, mas não conseguiram aproveitar a empolgação da torcida. O Boca ainda viveu um drama, já que o goleiro Orión saiu lesionado, foi substituído e chorou no banco de reservas. Apesar do substituto Sebastián Sosa ter sido testado, o primeiro tempo não esquentou mais.
A explosão de alegria corintiana só veio aos 8min do segundo tempo: após toque de calcanhar de Danilo, Emerson ficou sozinho na área e finalizou com perfeição para o gol. O Boca passou a errar passes simples e pouco conseguiu assustar o time paulista até que um erro fatal aconteceu: Schiavi entregou a bola nos pés de Emerson, que marcou de novo e decretou de vez a vitória. Sem sustos e nem sofrimento, o Corinthians vibrou pela conquista inédita e fez o Pacaembu pegar fogo como poucas vezes na história.
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