Deputado afirma que pensou em ingressar no PSD, mas Carlos Augusto pediu para
que ficasse aonde estava
O deputado Vivaldo Costa disse ontem que está deixando o Partido Republicano
(PR). "Estou saindo expulso pelo deputado João Maia", presidente regional do
partido. Vivaldo é um dos fundadores do partido no Rio Grande do Norte e se
desliga em virtude de divergências políticas com Maia. O argumento usado por
Vivaldo para o afastamento foram problemas nas eleições de 2010, para
governador, quando o deputado apoiou a então candidata Rosalba Ciarlini,
enquanto que João Maia subiu no palanque do ex-governador Iberê Ferreira de
Souza.
Segundo Vivaldo, logo após as eleições, houve uma reunião no diretório do PR em
Caicó, ocasião em que João Maia fez algumas mudanças. "Ele me descredenciou e
retirou Nildson Dantas do cargo de presidente. Eu comandava essa bandeira do PR
em Caicó há mais de 40 anos. Ele disse em público que faria reformulações e
desde esse dia começou o descompasso. Digo sempre que confiança é como cristal,
quando racha, nada cola outra vez", declarou Vivaldo.
O deputado estadual disse que, mesmo depois das divergências, preferiu aguardar
um pouco, na tentativa de uma reaproximação. "Pela experiência que tenho,
resolvi ter paciência para ver se ainda era possível um retorno. Mas isso não
aconteceu. Pensei em ir ao PSD, mas recebi um pedido de Carlos Augusto para
permanecer no PR. No entanto, fiquei incomodado nesse partido e sei que
incomodei também. Até que recebi uma ligação de João Maia pedindo que eu
deixasse o partido. Não tem mais condições de permanecer no PR", declarou.
O presidente da Assembleia, Ricardo Motta hipotecou solidariedade a Vivaldo e
exaltou a atuação coerente do colega na Casa e disse tratar-se "de uma lenda da
política potiguar. É uma história do Seridó, o reflexo daquela região". O
deputado Raimundo Fernandes também destacou a conduta política de Vivaldo Costa.
"Quase tudo o que aprendi na política devo ao deputado Vivaldo. Aprendi com seu
caráter e sua história política", declarou.
O deputado Getúlio Rego também se pronunciou de forma solidária à decisão de
Vivaldo e destacou que as regras de convivência dentro dos partidos deveria
mudar, possibilitando que um político deixe sua legenda de origem em caso de
divergência com outros membros ou com a ideologia do partido. "A tradição
política exige daqueles que lideram grupos, atitudes de coerência".
Fonte:Blog Rio dos Ventos
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